1. "BACTÉRIAS"
São milhares de
espécies de seres microscópicos unicelulares que habitam qualquer tipo de
ambiente. Possuem extrema facilidade de reprodução e são capazes de se
produzirem bilhões de espécimes em poucas horas em condições favoráveis.
Algumas espécies de bactérias podem invadir nossos tanques e causar sérios
problemas aos nossos peixes, mas nem todas as bactérias são más! Dependemos
muito de algumas espécies de bactérias para mantermos vivos nossos peixes e
invertebrados, e devemos proporcionar condições favoráveis a estas para que se
reproduzam em quantidade suficiente e realizem suas funções.
Podemos identificar
as bactérias "más", normalmente através de manchas ou feridas brancas
ou vermelhas pelo corpo dos peixes, ou ainda quando estes apresentam, falta de
apetite, problemas digestivos (barriga murcha).
São mais comuns nos
Butterflys, mas podem atacar qualquer tipos de peixe. Pode com ocorrer uma
infestação por bactérias em determinado peixe durante ou logo após este ter
sido infestado por parasitas.
A CURA
O tratamento deve
ser feito com os antibióticos encontrados no mercado, seguindo rigorosamente a
instrução contida na bula.
ATENÇÃO: Nunca, eu repito, NUNCA aplique qualquer tipo de
medicamento em seu aquário de rochas vivas, sob o risco de perder absolutmente
tudo que se encontra lá dentro. Qualquer tratamento deve ser feito em
aquários-hospital ou quarentenas. Existem no mercado alguns alimentos que
contém antibióticos em sua formulação e que podem ser de grande utilidade para
aquaristas de rochas vivas, pois podem ser usadas em seus tanques. NUNCA
utilize antibiótico para prevenir doenças, seria o mesmo que você tomar um
antibiótico para prevenir um resfriado.
2. "PARASITAS"
São seres que se
aproveitam de outro ser para sobreviver, sem trazer qualquer benefício em
troca, mas nem sempre o prejudicam. Um exemplo disso é um peixe chamado Rêmora
que fica "grudado" em seres maiores como tubarões, golfinhos, entre
outros, alimentando-se de seus restos, sem prejudicar seu hospedeiro.
Vário seres podem
assumir características de parasitas, tais como plantas, pequenos animais,
pessoas, etc...
Não é interessante
a estes parasitas eliminar sua fonte de sobrevivência, mas em alguns casos,
devido a algum fenômeno ou fator, pode acontecer a morte do animal que está
sendo usado. às vezes isso acorre simplesmente para completar o ciclo de vida
do parasita.
Nos aquários
marinhos podemos denominar como parasitas mais comuns:
1. Amyloodinium
Ocellateum, chamado normalmente de Marine Velvet ou simplesmente oodinium.
Atacam o peixe deixando-o com aspecto "empoeirado" e opaco, e nos
casos mais avançados, gosmento. tira o apetite, provoca "coceiras",
fazendo com que os animais se raspem nas pedras, e pode matar o peixe em alguns
dias geralmente por sufocamento, já que infestam suas guelras. É altamente
contagioso.
2. Cryptocaryon
Irritans, ou simplesmente Íctio. Invadem o peixe pelas escamas e guelras e
vivem em sua pele. O peixe forma pequenas pintas brancas em volta deste
protozoário, o que torna facilmente identificável. O protozoário adulto sai do
peixe para o fundo do tanque e forma uma cápsula protetora. Se multiplicam ali
e saem em busca de novos hóspedes. Por isso, é altamente contagioso, mas se
esta busca levar mais de 24 horas, estes parasitas morrem.
3. Black Spot
Disease, ou doença das pintas pretas, mais facilmente identificável em peixes
amarelos como yellow tangs por exemplo, apresenta basicamente as mesmas
características do íctio e são altamente contagiosas. Estes parasitas
geralmente se manifestam quando há um desequilíbrio no tanque, em geral quedas
bruscas de temperatura, onde a resistÊncia dos peixes cai deixando-os
suscetíveis a estes problemas. Também pode ocorrer infestação devido a adição
de um peixe já contaminado no tanque, falta de higiene do aquário, entre outros
fatores.
ACURA
Infestações por
parasitas em aquários marinhos são comuns e podem trazer muitas dores de cabeça
para os aquaristas se não forem tomadas medidas rápidas.
Existem muitas
técnicas para resolver estes problema e algumas que podem ser muito úteis aos
aquaristas de rochas vivas, os quais nunca devem adicionar medicamentos em seus
tanques.
OPÇÃO 1
BAIXAR A DENSIDADE
Uma técnica que vem
sendo usada e tem dado bons resultados, consiste em baixar a densidade de seu aquário de 1.023 para 1.017 com a
adição de água doce. Isso ao longo de algumas horas até chegar nos 1.017. Se
usada água de boa procedência e a sua adição for feita de forma lenta, não
causará danos aos peixes, nem aos corais e invertebrados. A densidade deve ser
mantida em 1.017 até que os peixes se curem por completo. após esse período,
deve haver um aumento gradativo da salinidade. Lembre-se que a água deionizada
costuma apresentar um ph um pouco ácido, se necessário, deve ser feita a
correção antes de adicioná-la ao tanque!
É claro que essa
prática não é totalmente saudável, mas quando você fica doente, toma
antibióticos e remédios que também não são muito saudáveis.
Por isso, utilize
esta prática apenas quando uma infestação forte. Apesar de que alterações
bruscas podem causar problemas, essa é uma opção recomendada somente apenas
para casos de forte infestação. não é recomendado que ocorram alterações como
esta, mas em casos de emergência, podemos recorrer e este recurso correndo
riscos calculados.
Além disso, um bom
"banho" pode fazer milagres.
DAR BANHOS NOS
PEIXES
Banhos de água doce
podem ser muito úteis para o caso de infestação de parasitas. As parasitas
morrem em contato com a água doce devido ao choque de densidade (osmótico).
Para dar um banho
seguro em seu peixe, siga as instruções:
1- Pegue em um
saquinho (transparente) com água doce, de preferência deionizada ou destilada,
mas caso não consiga esta água, use água da torneira mesmo, mas use
desclorificante para retirar o cloro da água.
2- Coloque um
décimo (a pontinha) de uma colher de café de hidróxido de cálcio na água. Isto
serve para elevar o Ph, mas não coloque em hipótese alguma mais que 1 décimo de
colher de café, caso contrário o Ph pode subir demais e matar o seu peixe.
3- Em seguida agite
o saquinho freneticamente, por 1 ou 2 minutos, para misturar bem o
desclorificante e o hidróxido e, principalmente, oxigenar o máximo possível
esta água!
4- Coloque o
saquinho no aquário sem permitir que vaze ou entre água e deixe-o por pelo
menos 15 minutos para que desta forma a temperatura da água do aquário e a do
saquinho se igualem.
5- Capture o peixe
com uma rede, delicadamente, para não danificar a mucosa de sua pele e piorar
ainda mais a situação.
6- Coloque-o na
água doce, no máximo 3 minutos.
Normalmente o
peixe, em contato com a água doce, sente-se mal e começa a se debater, passando
a impressão que está morrendo. Isto é normal, mas se peixe estiver muito
debilitado, magro e muito infestado, opte por outro tipo de tratamento. Durante
o banho, a partir de 30 segundos, algumas parasitas desprendem-se da pele do
peixe e é possível observá-las, mas a maior parte das "pintinhas"
sumirão após algumas horas.
Vantagens do Banho
de ÁGUA DOCE.
Cura Rápida.
Facilidade de realização a custo zero.
Resultados Surpreendentes.
Pode ser feito com qualquer tipo e peixe.
Não interfere no equilíbrio do aquário.
Auxilia no tratamento em quarentenas, podendo ser usado para
auxiliar o tratamento com medicamentos.
Desvantagens do
Banho de ÁGUA DOCE.
Em tanques de rochas vivas é praticamente impossível
capturar o peixe para dar o banho
Causa stress e pode complicar mais a situação de peixes
debilitados.
Se usada de forma indevida, pode comprometer a saúde dos
peixes tratados.
PRECAUÇÕES:
Peixes muito pequenos, mandarins e cavalos marinhos não
devem ser submetidos aos banhos.
O mesmo serve para peixes muito magros e debilitados.
Cuidado com a temperatura e o Ph da água doce.
Nunca dê banho em um peixe que vai entrar em um aquário já
habitado. isso o deixaria e mais desorientado que o normal, o que favoreceria
as agressões de "boas vindas" dos peixes já habituados ao tanque.
O tempo de duração do banho deve ser determinado por você.
Observe tamanho, condições de saúde, espécie, intensidade da infestação, etc. O
mínimo são 30 segundo, mas nunca ultrapasse 3 minutos. Lembre-se: quanto mais tempo, mais STRESS.
3. "OUTRAS DOENÇAS"
1. Limphocystis, é
o nome de um vírus que pode atacar peixes marinhos em nossos aquários e são
comuns por corroerem, principalmente, as extremidades das caudas e barbatanas.
Pode ser chamada de "doença da couve-flor" devido a sua aparência.
Seu tratamento é difícil e demorado, mas não é tão contagioso. De qualquer
forma, deve-se separá-lo dos demais peixes e iniciar o tratamento em uma
quarentena. O que realmente funciona
nestes casos é uma melhora considerável na qualidade da água visando aumentar a
resistência do peixe, pois este será o principal responsável por sua própria
cura, através da produção de anti-corpus. Alimentação abundante e variada,
higiene perfeita são recomendados nestes casos.
4. "CUIDADO COM A OVERDOSE"
Comumente nos
deparamos com problemas de overdose de medicamentos, que são mais mortais e
prejudiciais do que algumas próprias doenças, principalmente se o peixe estiver
debilitado. Portanto, se no rótulo do produto estiver indicado X gotas ou X ml,
é porque testes e mais testes já foram realizados e chegou-se a conclusão que a
dosagem para combater a doença sem comprometer a saúde do peixe ´X e não X +
10.
Outro detalhe: Se
você utilizar um determinado medicamento onde há recomendação para que a
aplicação seja feita durante 7 ou 10 dias, aplique-o por 7 ou 10 dias mesmo que
os sintomas da doença tenham desaparecido entes disso, pois caso contrário, a
doença pode voltar e desta vez o medicamento poderá não fazer efeito.
Fonte: O Aquário Marinho e as Rochas Vivas (Sérgio Gomes)
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